O orquidário que pertenceu ao orquidófilo Arno Lange, já falecido, e que hoje pertence a sua esposa Diva Lange. Está localizado bem no centro da cidade.

Um antigo folder do município assim descrevia o orquidário: “É algo que realmente nos transmite paz, de propriedade do Sr. Arno Lange. As orquídeas, aos nossos olhos se tornam lindas, coloridas e sensíveis. No carinho do cultivo está o segredo, fazendo assim a existência de milhares de espécies e tantas únicas.”
Arno Lange fazia parte de grupos de orquidófilos que entravam nos matos para “caçar” espécies raras. Segundo relato no documento “Histórias de orquídeas e orquidófilos do sul”, o grupo de Arno era formando ainda pelos orquidófilos Aldomar Sander, Carlos Waldemar Pahl e Selívio Hermann. Essas caçadas armavam-se, na ocasião das floradas, em verdadeiros acampamentos, que podiam durar mais de uma semana, tudo para acompanhar a abertura das flores e à espera de novas descobertas. As caçadas apesar do charme da aventura e diversão, além da expectativa das descobertas, tinham um certo risco e numa dessas incursões um japonês, quase entrou em coma após um ataque de abelhas.
E foi numa dessas ocasiões que o Sr. Arno Lange descobriu um exemplar de “Cattleya intermedia Flâmea Jacovenco”, umas das últimas grandes flâmeas encontradas na natureza. A descoberta se deu na década de 70 por Arno Lange dentro dos limites do município de Porto Alegre, na região do Lami, em uma área pertencente à Petrobrás.
Certa vez, Arno foi ao Japão, única e exclusivamente para buscar uma muda de uma orquídea muito rara. Gostava sempre de contar essa história para quem fosse visitá-lo no orquidário.
O orquidário conta atualmente com inúmeras espécies de orquídeas e outras plantas, sendo algumas espécies raríssimas.